Juntando os cacos

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O primeiro mês do ano passou como um raio, foram tantas notícias, acontecimentos inusitados que ocuparam a imprensa e também nossa rotina. Aturdidos com tantos eventos violentos e trágicos, moralmente e socialmente, seguimos na esperança que a Verdade e Justiça se instalem em nosso país, merecemos desfrutar com alegria e saúde as conquistas democráticas sem temer golpes, destruição e falta de ação dos que deveriam nos proteger.

Não é apenas uma questão de ideologia ou afetos políticos, é uma questão de bom senso e equilíbrio mental. Assim como no passado muitos apoiaram Adolf Hitler durante sua trajetória maléfica, permitindo que o Nazismo se expandisse e tomasse conta do coração dos que nele se espelhavam, também os destruidores dos símbolos democráticos se filmaram para que não houvesse dúvidas sobre suas ações e violações. Porém aquilo que parecia apenas uma estupidez deixou um rastro de imagens e provas para que pudessem ser criminalizados, um verdadeiro tiro no pé. Mas não vou me alongar sobre aquilo que estamos vendo e testemunhando, prefiro ir juntando os caquinhos para transformá-lo em um belo mosaico e criar algo que revele uma realidade mais diversificada e integrativa.

Quem me conhece sabe de minha lida, aqui no coletivo Fora da Caixa a busca pelo diálogo, respeito e sabedoria é constante, mas nada valeria se o espírito de serviço não estivesse presente. Minha vida pessoal e profissional está voltada para a Educação, em especial para a Educação para a Paz, através de encontros filosóficos, meditação e orientação existencial levo aos meus alunos adolescentes e adultos o conhecimento das estratégias de não-violência criadas por Mahatma Gandhi e a Compaixão de líderes políticos e espirituais como Dalai Lama e Desmond Tutu para fundamentar as escolhas e as consequências das nossas ações no cotidiano.

Quando fazemos as coisas para alimentar apenas o Ego os resultados são empobrecidos, o valor é infinitamente reduzido e nada ou quase nenhum mérito pode ser colhido. Ao oferecer ajuda, aconselhamento, acolhimento e empatia, temos que agir com o coração, não visando o reconhecimento alheio. Fama e popularidade não são nossos objetivos, a consciência tranquila e a alegria de beneficiar as pessoas já nos nutrem profundamente.

Não fizemos votos de pobreza e nem doamos tudo que temos, mas reservamos algumas horas ou dias da semana para realizar trabalhos voluntários, isso nos move e renova nossas energias para realizar os trabalhos remunerados que ajudam a pagar nossas contas. Se sua vida está sem sentido, sua ansiedade aumenta a cada dia e a depressão está sempre lhe rondando, recomendo que dedique algumas horas de sua semana a ajudar o próximo. Sem fazer alarde, nem postar no Facebook, ajude silenciosamente e perceba o efeito que isso faz na sua vida. Posso lhe garantir que seu nível de alegria e bom humor irá aos poucos aumentando, a generosidade é o melhor remédio contra apatia. É um abrigo seguro contra as tempestades da vida. A satisfação em ver a felicidade dos outros supera qualquer outra conquista pessoal, ser útil é uma bênção que poucos reconhecem mas é real. Pode crer!

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